Self-made – uma aula de empreendedorismo feminino e “family business”

SELF MADE é uma aula de Empreendedorismo e family business em 4 episódios de 40 minutos, abordando os seguintes temas

Empreendedorismo Feminino com o desejo de aumentar a renda da família e fazer a diferença – mulheres empreendem por um propósito

Empreendedorismo social e o Empoderamento de outras mulheres negras em um ciclo virtuoso

Aqui dois pontos da literatura sobre empreendedorismo feminino:
(1) As mulheres empreendem para aumentar a renda, mas muitas têm um objetivo maior, são motivadas por um proposito maior, querem fazer a diferença. Neste caso, tratar o cabelo das mulheres negras dando lhes dignidade.

(2) Ao mesmo tempo em que o negócio da protagonista tem um propósito, ele empodera as mulheres negras e é um exemplo de empreendedorismo social. É criado, então, um círculo virtuoso, extremamente positivo. Ela devolve a dignidade, cuidando de seus cabelos e aumenta a auto estima das mulheres negras que passam a ser suas funcionárias/ colaboradoras.

Superação de preconceitos vários – gênero, cor e orientação sexual no inicio do sec. XX

É impressionante como ainda hoje vivemos em uma sociedade tão preconceituosa, cheia de raiva e agressividade.

Desafio de equilibrar o tempo para a empresa e para a família

No filme, o marido da empreendedora se sentiu posto de lado, pois, para a sua esposa, a prioridade é a empresa. Montar um negócio não é tarefa fácil, exige muita dedicação, privações e sacrifícios. A família vive isso. Alguns filhos de empreendedores se referem à empresa dos pais, como o “filho preferido”, aquele que recebe todas as atenções.

O principal desafio das mulheres empreendedoras ainda hoje é conciliar o tempo dedicado ao trabalho com aquele dedicado à família. Em muitas casas, ainda hoje, é tarefa das mulheres cuidarem da casa, da comida e das crianças. Os homens ajudam. Bom, esse é um tema super importante e merece um outro texto.

Motivação para empreender e a necessidade de profissionalizar a empresa

A protagonista começa a sua empresa em casa e sozinha. Aos poucos, convida seus familiares a trabalharem com ela. Ao mesmo tempo em que é uma forma de aproximar as pessoas e uma forma de fazer o negócio crescer tendo por perto pessoas de confiança que estão dispostas a para ajudar os empreendedores, muitas vezes até sem salários.

Em várias cenas, todos trabalham na cozinha de casa.

Se você não acredita que esta seja uma realidade hoje, os dados do GEM 2019 mostram que 85% dos empreendimentos brasileiros, são formados apenas pelos empreendedores. Eu costumo dizer que é o bloco do “eu sozinho”. Além disso, o mesmo relatório destaca que mais de 75% dos empreendimentos brasileiros possuem gestão familiar, ou seja, é administrado por pessoas da família.

O negócio/ a empresa começa pequeno, informal e aos poucos cresce. Precisa de mais gente e chega um momento em que é preciso profissionalizar.

Toda empresa familiar nasce do sonho e empenho de um empreendedor, no caso uma empreendedora que deseja passar a empresa para a geração seguinte – legado, herança, tradição, sucessão, herdeiras

Em vários momentos a protagonista pede a sua filha que lhe dê netos, pois tudo o que ela construiu ficará para sua filha e se ela não tiver filhos, não tiver herdeiros, perde o sentido e isso fica mais evidente, quando ela descobre que está doente.

Bom, o desejo de passar a empresa para a geração seguinte é uma realidade para a maioria dos empreendedores e, infelizmente, muitas famílias não conversam sobre a sucessão da empresa, ou o fazem quando o assunto não pode mais ser evitado.

Qual é o melhor momento para se falar sobre a sucessão?

Conheço algumas pessoas que assumiram a empresa da família, de forma abrupta, de repente, após a morte do fundador.

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