Três sistemas importantes – família, gestão e propriedade

No final de maio aconteceu em São Paulo o Fórum Mundial em Gestão de Empresas Familiares realizado pela HSM do Brasil com a participação de palestrantes internacionais como John Davis – o maior especialista mundial em empresas familiares (pelo menos é o mais conhecido).

Sempre que o assunto em questão são as empresas familiares os temas que predominam são: sucessão e profissionalização, escolha e treinamento/ preparação do sucessor, criação de conselhos de administração, conselhos de família etc.

De fato, para as empresas que já passaram da primeira para a segunda geração essas são as prioridades para que a empresa possa alcançar a longevidade. Entretanto, para as empresas familiares que ainda estão passando da 1ª para a 2ª geração ainda existe muito trabalho para ser feito antes dessas questões se tornarem as mais importantes.

Em muitos casos é preciso criar, definir, desenhar os processos, documentar o que já acontece regularmente, mas que está na cabeça de algumas pessoas de confiança. Aliás, confiança parece ser a palavra de ordem, “ Eu confio naquela pessoa, sei que ela não vai me roubar mas não sei se eu confio no trabalho que ela pode fazer, talvez ela não vai fazer um trabalho tão bom quanto eu faria mas pelo menos não vai me passar para trás!”

Certamente as empresas que já passaram por um ou dois processos de sucessão vivem momentos diferentes e apresentam especificidades diferentes das empresas que ainda estão lidando com essa passagem pela 1ª vez; contudo, independente da idade, do estágio de profissionalização e dos desafios e especificidades enfrentados por cada uma das empresas familiares, não é possível analisa-las sem levar em consideração a superposição e interdependência de três sistemas – família, gestão e propriedade.

Qual sistema é o mais importante? Os três são muito importantes e não considerá-los pode significar colocar todo o trabalho realizado a perder.