Quando a maior preocupação é com a empresa

Acompanhei algumas famílias donas de empresas que privilegiavam sobretudo a empresa e faziam dos encotros em família eventos cada vez mais raros. Vou contar dois casos ….

A 1a era uma empresa que havia sido fundada pelo pai de 4 filhos (3 homens e uma mulher) . Os cinco (pai e filhos) trabalhavam na empresa e, principalmente, os irmãos não faziam questão de manter os encontros de finais de semana. Os irmãos eram casados, com filhos e os primos se encontravam apenas nas datas festivas.

Para os avós, esse era um motivo de arrependimento … será que vale a pena trabalhar em família e os primos mal se conhecerem?
As esposas também se ressentiam desse contato pouco frequente no tempo livre. A filha, que também trabalhava na empresa, era a responsável por organizar alguns encontros extra-oficiais (que não fossem os aniversários, casamentos, dia das mães, dia dos pais) para que eles convivessem um pouco mais em família e pudessem acompanhar o crescimento das crianças.

Na outra família, a empresa já estava sendo administrada pela 3a geração, ou seja, tinha sido fundada pelo avô dos atuais diretores, há quase 100 anos, e como a família havia crescido bastante, cada um dos filhos do fundador organizava as festas para os seus familiares diretos.

É uma família grande – 6 filhos – hoje esses 6 filhos já tem, inclusive, os seus filhos e netos e, eles quase não se encontram.
De acordo com um dos diretores, eles só se encontram quando alguém casa ou então quando morre alguém da família.

Pode parecer que essas famílias sacrificam o convívio em família pelo sucesso das suas empresas mas, essa é apenas uma percepção. Como escrevo contantemente nos posts, quando falamos em padrão de funcionamento das empresas familiares, não existe certo ou errado, existe o modelo mais adequado para cada família.