Pai rico, filho nobre e neto pobre

A cada 100 empresas familiares fundadas no Brasil e no mundo apenas 30 passam para a 2ª geração, dessas, 15 passam para a 3ª e 4 passam para a 4ª geração (HSM Management, 2003). Parece que vai ficando mais fácil e que o difícil mesmo é passar da 1ª para a 2ª geração e, as razões são várias.

Existe um ditado popular que comprova ou reforça a crença de que empresa familiar não vai dar certo por muito tempo e diz o seguinte “Pai rico, filho nobre e neto pobre.” Esse ditado existe em várias línguas.
Brasil – “Pai rico, filho nobre e neto pobre”.

Inglaterra – “Shirtsleeves to shirtsleeves in three generations” (De mangas de camisa a mangas de camisa em 3 gerações)

Itália – “Dalle stalle alle stelle alle stalle” (dos estábulos, às estrelas, aos estábulos em três gerações).

México – “Padre bodeguero; hijo millionario; nieto pordiosero” (pai comerciante, filho milionário, neto mendigo)

China – “De tamancos a tamancos em três gerações”e “Fu bu guo san daí” (as riquezas nunca se mantêm por três gerações)
Apesar desse ditado existir em vários países, esse é mais um mito que cerca as empresas familiares. O neto pobre é uma possibilidade mas não é a regra e pode estar relacionado com uma formação acadêmica e profissional inadequada. As organizações Globo, os grupos Votorantin e Pão de Açúcar demonstram uma não ligação entre fundador rico e 3ª geração pobre.

Essa trajetória do pai rico, filho nobre e neto pobre pode ser conseqüência de uma formação não adequada dos herdeiros, pode estar relacionada com conflitos familiares ou até com problemas do mercado, pois, se o fundador tem uma idéia, consegue implementá-la e ela é aceita, sua empresa cresce mas se ele não inovar, sua empresa pode quebrar. As empresas familiares duradouras são aquelas que inovam já que os ciclos de vida dos produtos estão cada vez mais curtos.