novas configurações familiares e as empresas familiares

Um tema recorrente nas últimas semanas em sala de aula foi o impacto das novas configurações familiares nas empresas familiares.

O modelo de família tradicional, patriarcal, em que pai, mãe e filhos moram juntos na mesma casa, o pai como provedor e a mãe cuidadora já não é mais o único modelo possível na nossa sociedade. Além disso, o ideal de casamento ‘até que a morte nos separe’ cedeu espaço para ‘o que seja eterno enquanto dure’ e enquanto traga felicidade e satisfação para os membros do casal.

A entrada da mulher no mercado de trabalho, a possibilidade das separações (divórcios) e a existência das famílias chefiadas por mulheres trouxe uma série de mudanças para as vidas em família. A família mudou, não quero dizer que o modelo atual seja melhor ou pior do que o anterior, mas é diferente!

Com a entrada da mulher no mercado de trabalho, a maternidade foi adiada por alguns anos, aumentando assim a diferença de idade entre pais e filhos. A diminuição da taxa de natalidade também tem sido relacionada com a entrada da mulher no mercado de trabalho. Hoje a taxa de natalidade no Brasil está em 1,8 filho por mulher.

Se por um lado as famílias diminuíram – cada mulher tem menos filhos – encontramos famílias muito numerosas, principalmente, com as novas configurações. E no caso das famílias recasadas?! Aquelas famílias em que os pais (ou pelo menos um deles) já se casaram e separaram e se recasaram, trazendo ou não para esse novo relacionamento, filhos de um relacionamento anterior.

Uma dúvida frequente é – e quem pode concorrer ao cargo de sucessor? Um enteado pode querer ser sucessor? Nos casos das famílias mais numerosas existe a chance de muitos ou pelo menos um dos filhos querer (desejar) dar continuidade ao negócio da família, sem ser obrigado a isso.

Nos próximos posts, abordarei outras questões pertinentes às novas famílias