dados novos de uma história conhecida

Passei os últimos dias lendo os trabalhos dos meus alunos da disciplina Atitude Empreendedora. Pedi a eles que entrevistassem pessoas empreendedoras e, recebi entrevistas inspiradoras e emocionantes.

Muitos entrevistaram o pai, o avô, ou pai de um amigo que montou o seu próprio negócio.  Os alunos até tinham uma sugestão de roteiro – eu queria que eles perguntassem  sobre a motivação inicial do empreendedor, incentivos e incentivadores, obstáculos e expectativas …. , mas alguns usaram e abusaram da sua criatividade, ou melhor, da sua curiosidade para fazer perguntas.   

Apesar de terem entrevistado pessoas da sua família,  alguns desses jovens trouxeram dados novos de uma história que é, para eles, tão familiar.  Para alguns, foi a 1a vez que tiveram a possibilidade de conversar sobre o inicio do negócio, a motivação inicial do empreendedor,  sobre os projetos para o futuro …

Sem querer, trabalhei como facilitadora no estabelecimento de um canal de comuicação para a formação e preparação de herdeiros

Rendimentos melhores do que os apresentados pelas empresas não familiares

 

Nas bolsas de Nova Iorque, Londres e Paris existe um índice para as empresas de capital aberto e controle familiar, e, eles apresentam um desempenho melhor do que o índice geral de cada uma das bolsas. São duas as principais razões para isso:

 

1) a capacidade que a empresa familiar tem para tomar decisões estratégicas de longo prazo sem se preocupar com a apresentação de relatórios trimestrais comprovando os lucros do período. Alguns períodos serão melhores, outros nem tanto, mas o importante é o resultado a médio e longo prazo.

 

2) existe uma convergência entre os interesses dos gestores e dos acionistas que trabalham em busca dos mesmos objetivos.

 

Não estou dizendo que as empresas familiares são melhores do que aquelas não familiares; entretanto, é fato que, as empresas familiares, quando bem administradas, podem ser melhores do que as não familiares.

 

No Brasil o número de empresas de controle familiar com capital aberto na bolsa ainda é pequeno se comparado com o número de empresas familiares que estão na bolsa nos EUA e na Europa e, infelizmente, ainda são poucas as pesquisas que contemplem a realidade brasileira.

 

 

a relação entre a geração dos dirigentes e a profissionalização das empresas

 

No post anterior comparei o mercadinho de bairro à cadeia de supermercados Wal-Mart.. Como assim? São empresas tão diferentes!!!!

 

Talvez o dono do mercadinho do bairro tenha apenas uma loja, a família do Sr Sam Waltom tem diversas lojas espalhadas em 15 países.

 

Embora a definição de empresa familiar possa ser feita em função da proximidade e do envolvimento da família com o negócio, podemos diferenciá-las pelo tamanho, área de atuação, geração dos dirigentes etc.

 

De fato, uma empresa de 1ª geração é bem diferente de uma empresa que já está na 4ª geração, por exemplo. Quanto mais antiga for a empresa, maior será o seu grau de profissionalização.

 

Uma empresa de 1ª geração é aquela em que o dono da empresa, o seu fundador, ainda é o principal responsável pela tomada de decisões. Conforme a empresa cresce, ele não tem como dar conta de tudo e precisa delegar tarefas, funções e responsabilidades a outras pessoas. Até que chega um momento em que ele precisa passar o comando da empresa para outra pessoa e acontece o 1º processo de sucessão.

 

As estatísticas mostram que a cada 100 empresas familiares, apenas 30 passam para a 2ª geração, 15% passam para a 3ª geração e apenas 4ou 5% conseguem passar para a 4ª geração. As razões são várias, mas esses dados nos fazem pensar que o mais difícil é passar da 1ª para a 2ª geração.

 

Acho que a próxima pesquisa no site será sobre a idade das empresas …

 

 

a grande maioria das empresas são familiares

 

A grande maioria das empresas, no Brasil e no mundo, são familiares. No Brasil elas representam mais de 95% de todas as empresas.

 

Elas são frequentemente confundidas com pequenas e médias empresas e, embora muitas tenham até 500 funcionários, podemos citar alguns exemplos de grandes empresas familiares. Nos Estados Unidos as empresas controladas por famílias representam 35% das 500 maiores empresas, segundo a Revista Fortune. 

 

Exemplos de grandes empresas familiares no Brasil e no mundo

Gerdau, Votorantin, Coteminas (Brasil),  Michelin (França), Olivetti, Benetton e Fiat (Itália), Ford e Wal-Mart (EUA), IKEA (Suíça)

 

No Brasil, podemos pensar em exemplos de diversas áreas – supermercados, lojas, escolas, indústrias, cosntrutoras, etc.

 

Para ilustrar.  O que o mercadinho do seu bairro e o Wal-Mart têm em comum?  Os dois são mercados e são empresas familiares, entretanto o envolvimento, ou melhor, a influência da família no negócio tende a ser muito maior no mercadinho.

 

O mercadinho é um pequeno negócio de atuação local, já o Wal Mart é uma grande empresa de atuação global. São os dois extremos e entre eles estão vários outros negócios familiares.

 

Seria interessante que você, empreendedor de um determinado setor, pudesse pensar nos seus concorrentes, clientes, fornecedores … quantos fazem parte do grupo das empresas familiares?

Você sabia que …..?

Recentemente fiz uma palestra para jovens universitários que ficaram surpresos com alguns dados apresentados depois das seguintes perguntas:

Você sabia que quase todas as empresas são familiares?

Você sabia que as empresas familiares podem ser pequenas, médias ou grandes, locais  ou globais ?

Você sabia que as empresas familiares podem estar na 1a gerção ou já ter passado para a 4a geração?

Você sabia que as empresas familiares com ações negociadas na bolsa de valores podem ter  um rendimento melhor do que as equivalentes não familiares?

Se alguma dessas informações é novidade para você, não deixe de ler os artigos disponíveis no site.  Nos próximos posts abordarei essas questões, trazendo exemplos da realidade brasileira.

Feriado em Família

Esse ano está cheio de feriados e de finais de semana prolongados – o que é muito bom para empresários da cadeia produtiva do turismo (que lucram com as viagens de quem pode se dar ao luxo de passar uns dias fora) ou para os empregados de qualquer empresa que podem viajar, descansar e aproveitar um tempo maior com os filhos.

Para quem trabalha em família, esses dias em casa não significam, necessariamente, um descanso do trabalho … muitos aproveitam o feriado em família para conversar sobre o negócio, fazer reuniões em casa, colocar alguns assuntos em dia.

Algumas pesquisas ressaltam que muitas decisões importantes são tomadas em casa e por isso o processo de decisão nas empresas familiares de 1a geração – quando são poucas as pessoas envolvidas no processo de tomada de decisão – tende a ser mais rápido. Essa rapidez nos processos de tomada de decisão é, para os pesquisadores e consultores que trabalham com empresas familiares, uma vantagem desse tipo de empresa; entretanto, o fato de a família falar sobre trabalho em casa é visto pelos membros da família como uma das maiores desvantagens do trabalho em família.

Levar o trabalho para casa pode ser bom mas nada em excesso faz bem!

Todo mundo tem uma história de empresa familiar para contar

Estou super feliz com o lançamento do portal, quem me conhece sabe o quanto eu me dedico a esse tema.

Óntem recebi muitas mensagens de incentivo e, o melhor é que todo mundo tem uma história de empresa familiar para contar.

As etatísticas dizem que dependendo do setor de atuação, mais de 90% das empresas são familiares, então, quem não tem uma empresa na família pode vir a trabalhar na empresa de uma outra família.

Mesmo nos casos em que a família não tem uma empresa mas segue tradicionalmente uma profissão, os filhos também podem se sentir pressionados a seguir o mesmo caminho ou, mesmo sem pressão, podem escolher a mesma carreira. Isso é muito comum no Direito, na Medicina, na carreira artística … Longe de ser um problema, é apenas uma constatação!

Vou tentar abordar todos os assuntos que aparecerem nos comentários ou nos emails que recebi sobre o site e, para que o blog fique interessante, peço que enviem as suas sugestões.

até mais

Mas quem está escrevendo?

Já apresentei alguns dos objetivos do site e, acho que vale a pena me apresentar …. sou psicóloga, terapeuta de família e especialista, apaixonada pelo tema das empresas familiares. (Quem quiser saber mais, o meu currículo está na seção Quem somos do site).
Cresci em um ambiente em que era natural ser filho ou neto de donos de empresas. As minhas famílias (por parte de mãe e por parte de pai) tinham empresas e meus amigos de escola também eram filhos de empresários.
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Empresa Familiar – Presente e predominante em todo o mundo

É com grande alegria que inauguro um canal de disseminação de informações relevantes para a saúde e continuidade das empresas familiares.
As empresas familiares são a forma predominante de empresa em todo o mundo; em alguns países elas representam mais de 90% das empresas. Elas podem ser pequenas, médias ou grandes, com a sua estrutura mais ou menos profissionalizada e, apesar da sua importância para a economia quase não ouvimos falar sobre esse tipo de empresa. Leia mais

Pai rico, filho nobre e neto pobre

A cada 100 empresas familiares fundadas no Brasil e no mundo apenas 30 passam para a 2ª geração, dessas, 15 passam para a 3ª e 4 passam para a 4ª geração (HSM Management, 2003). Parece que vai ficando mais fácil e que o difícil mesmo é passar da 1ª para a 2ª geração e, as razões são várias.

Existe um ditado popular que comprova ou reforça a crença de que empresa familiar não vai dar certo por muito tempo e diz o seguinte “Pai rico, filho nobre e neto pobre.” Esse ditado existe em várias línguas.
Brasil – “Pai rico, filho nobre e neto pobre”.
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